segunda-feira, 21 de agosto de 2017

PREFEITURA DISTRIBUI NOTEBOOKS EM BRAILLE PARA DEFICIENTES VISUAIS DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO


PREFEITURA DISTRIBUI NOTEBOOKS EM BRAILLE PARA DEFICIENTES VISUAIS DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO

Gilvani Teresinha de Souza – RU 1775510
Rosana Melz Flach – RU 1574648
Valdiney Barbosa Silva – RU 1740988
PAP Lucas do Rio Verde – MT
21/08/2017
Fonte: http://www.orionpc.com.br/teclado-industrial-oik-b001in/

Alunos com deficiência visual que estão cursando o ensino médio na Escola Municipal Fernando Pessoa na cidade de Lucas do Rio Verde - MT receberam no dia 18 de agosto de 2017 notebooks equipados com teclados em Braille em alto relevo para ajudar no aprendizado. A distribuição ocorreu pela Secretaria de Educação do município, e faz parte do projeto de inclusão digital, com autoria do professor Francisco Silva, com intuito de ajudar os docentes e alunos a se interagir melhor.  

Com os notebooks adaptados pode-se trabalhar com várias matérias, como português, biologia, química, física, história, geografia e principalmente em matemática devido estarem equipados com teclado numérico em relevo para auxiliar no aprendizado, e também contém aplicativo Dos Vox: “É um sistema operacional para microcomputadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz viabilizando deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais”. 

 Essas ferramentas são destinadas a pessoas com deficiência visual total ou parcial, o teclado contém as teclas adaptadas com relevo do método Braille para que o aluno possa ter melhor interação com os demais colegas, mas nada impede que um aluno sem deficiência use-o. Para um melhor resultado, ao iniciar a aprendizagem do Sistema Braille o aluno já deverá ter passado por um período preparatório, visando o desenvolvimento da coordenação motora fina e da percepção tátil para discriminar as formas das letras, pois as distinções são muito leves. 

Este projeto tem objetivo em interagir alunos com deficiências visuais com os demais, trazendo para seu cotidiano mais facilidade em usar, por exemplo, computadores, acessar as redes sociais, fazer pesquisas, usando os aplicativos em voz, e/ou o teclado com teclas em relevo. São inclusos alunos do ensino médio com idades a partir de 15 anos, para o manuseio da ferramenta é preciso ter conhecimento básico do Braille, e do Dos-vox.O objetivo é usar uma gama de aplicativos móveis que possam ser utilizados, em sala de aula ou não, a usabilidade e acessibilidade no uso de tecnologias para estimular a escrita e os exercícios das disciplinas. 

O processo de alfabetização através do sistema Braille tem o desenvolvimento da leitura com os dedos e possui também a finalidade de produzir textos. Segundo Lívio Siqueira Lima, o sistema Braille foi criado em 1825 por um jovem chamado Louis Braille, é um sistema de escrita e leitura em que os caracteres (letras, números, sinais de pontuação, etc.) são formados por no máximo seis pontos. 

Com o passar dos anos o sistema precisou ser aprimorado devido ao surgimento de novas áreas do conhecimento e foram surgindo novos símbolos. Assim, existem códigos Braille para as áreas da música, matemática, física, química e informática.Louis Braille, mesmo não sabendo, criou um sistema tão inovador que hoje é usado para moldar as necessidades da era da informação, estando presentes em embalagens de remédios e cosméticos, urnas eletrônicas, telefones, computadores, elevadores, corrimões de estabelecimentos comerciais, placas indicativas, cardápios, etc. 

O uso do teclado em Braille possibilita aos deficientes visuais usarem outros computadores após o aprendizado da digitação, mesmo o computador não sendo adaptado, criando mais possibilidades de emprego, acessibilidade e independência.Por outro lado, o alto custo desses equipamentos faz com que os mesmos não sejam acessíveis a todos os deficientes (podendo variar entre R$ 1.000,00 á R$ 8.000,00). Por tanto, antes de adquiri-los é necessário pesquisar preços e avaliar qual a sua necessidade. A Secretaria de Educação investiu neste projeto aproximadamente um valor de R$ 35.000,00 oferecendo um aparelho por aluno diagnosticado com deficiência visual total ou parcial. 

Parte da renda é proveniente do governo do estado, e o restante de parcerias firmadas entre prefeitura e empresas privadas do município.Em conversa com o ministro da educação do estado de Mato Grosso, o mesmo parabenizou a iniciativa do professor Francisco Silva e afirmou que sem dúvidas esse projeto será levado as demais escolas e municípios do estado, para que outros alunos portadores de deficiência tenham cada vez mais acessibilidades e oportunidades de inclusão na sociedade, e consequentemente chegarem mais preparados ao mercado de trabalho. 

Ressaltou ainda, que projetos de inclusão não beneficiam apenas os portadores de deficiência, mas toda sociedade, pois empresas que empregam essas pessoas, apresentam um ambiente mais harmonioso e menos estressante.

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