PREFEITURA DISTRIBUI NOTEBOOKS EM
BRAILLE PARA DEFICIENTES VISUAIS DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO
Gilvani Teresinha de Souza – RU 1775510
Rosana Melz Flach – RU 1574648
Valdiney Barbosa Silva – RU 1740988
PAP Lucas do Rio Verde – MT
21/08/2017
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Fonte: http://www.orionpc.com.br/teclado-industrial-oik-b001in/ |
Alunos com
deficiência visual que estão cursando o ensino médio na Escola Municipal
Fernando Pessoa na cidade de Lucas do Rio Verde - MT receberam no dia 18 de
agosto de 2017 notebooks equipados com teclados em Braille em alto relevo para
ajudar no aprendizado. A distribuição ocorreu pela Secretaria de Educação do
município, e faz parte do projeto de inclusão digital, com autoria do professor
Francisco Silva, com intuito de ajudar os docentes e alunos a se interagir
melhor.
Com os notebooks
adaptados pode-se trabalhar com várias matérias, como português, biologia,
química, física, história, geografia e principalmente em matemática devido
estarem equipados com teclado numérico em relevo para auxiliar no aprendizado,
e também contém aplicativo Dos Vox: “É um sistema operacional para
microcomputadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese
de voz viabilizando deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais”.
Essas ferramentas são
destinadas a pessoas com deficiência visual total ou parcial, o teclado contém
as teclas adaptadas com relevo do método Braille para que o aluno possa ter
melhor interação com os demais colegas, mas nada impede que um aluno sem
deficiência use-o. Para um melhor resultado, ao iniciar a aprendizagem do
Sistema Braille o aluno já deverá ter passado por um período preparatório,
visando o desenvolvimento da coordenação motora fina e da percepção tátil para
discriminar as formas das letras, pois as distinções são muito leves.
Este projeto tem
objetivo em interagir alunos com deficiências visuais com os demais, trazendo
para seu cotidiano mais facilidade em usar, por exemplo, computadores, acessar
as redes sociais, fazer pesquisas, usando os aplicativos em voz, e/ou o teclado
com teclas em relevo. São inclusos alunos do ensino médio com idades a partir
de 15 anos, para o manuseio da ferramenta é preciso ter conhecimento básico do
Braille, e do Dos-vox. O objetivo é usar uma
gama de aplicativos móveis que possam ser utilizados, em sala de aula ou não, a
usabilidade e acessibilidade no uso de tecnologias para estimular a escrita e
os exercícios das disciplinas.
O processo de alfabetização através do sistema
Braille tem o desenvolvimento da leitura com os dedos e possui também a
finalidade de produzir textos. Segundo Lívio
Siqueira Lima, o sistema Braille foi criado em 1825 por um jovem chamado Louis
Braille, é um sistema de escrita e leitura em que os caracteres (letras,
números, sinais de pontuação, etc.) são formados por no máximo seis pontos.
Com
o passar dos anos o sistema precisou ser aprimorado devido ao surgimento de
novas áreas do conhecimento e foram surgindo novos símbolos. Assim, existem
códigos Braille para as áreas da música, matemática, física, química e
informática. Louis Braille, mesmo
não sabendo, criou um sistema tão inovador que hoje é usado para moldar as
necessidades da era da informação, estando presentes em embalagens de remédios
e cosméticos, urnas eletrônicas, telefones, computadores, elevadores, corrimões
de estabelecimentos comerciais, placas indicativas, cardápios, etc.
O uso do teclado em
Braille possibilita aos deficientes visuais usarem outros computadores após o
aprendizado da digitação, mesmo o computador não sendo adaptado, criando mais
possibilidades de emprego, acessibilidade e independência. Por outro lado, o
alto custo desses equipamentos faz com que os mesmos não sejam acessíveis a
todos os deficientes (podendo variar entre R$ 1.000,00 á R$ 8.000,00). Por
tanto, antes de adquiri-los é necessário pesquisar preços e avaliar qual a sua
necessidade. A Secretaria de
Educação investiu neste projeto aproximadamente um valor de R$ 35.000,00
oferecendo um aparelho por aluno diagnosticado com deficiência visual total ou
parcial.
Parte da renda é proveniente do governo do estado, e o restante de
parcerias firmadas entre prefeitura e empresas privadas do município. Em conversa com o
ministro da educação do estado de Mato Grosso, o mesmo parabenizou a iniciativa
do professor Francisco Silva e afirmou que sem dúvidas esse projeto será levado
as demais escolas e municípios do estado, para que outros alunos portadores de
deficiência tenham cada vez mais acessibilidades e oportunidades de inclusão na
sociedade, e consequentemente chegarem mais preparados ao mercado de trabalho.
Ressaltou ainda, que projetos de inclusão não beneficiam apenas os portadores
de deficiência, mas toda sociedade, pois empresas que empregam essas pessoas,
apresentam um ambiente mais harmonioso e menos estressante.
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