APLICATIVO MELHORA VIDA DE
DEFICIENTES VISUAIS
Por Classiane Narcizo da Silva, RU
1566703
Polo - PAP Lucas do Rio Verde - MT
20/08/2017
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Fonte:
httpwww.aureosoft.com.braureoeyes_banner.jpg
Achou complicado de
fazer? Não mais. É que a tecnologia está avançando e pode agora ajudar e muito
os deficientes visuais, e tudo isso está na palma das mãos. Ferramentas podem
ser baixadas gratuitamente em telefones celulares, tabletes e até mesmo nos
computadores, de acordo com os sistemas operacionais disponíveis para cada
versão de aparelho.
No Brasil tem mais de
sete milhões de pessoas cegas ou que tenham alguma dificuldade visual, se para
esse grupo andar pelas ruas, tentar ler, aprender ou saber o que está se
ocorrendo em volta já não é tarefa fácil, imagina só na hora de usar um
aparelho tecnológico. As dificuldades desses cidadãos estão com os dias
contados, pois as barreiras que impediam o seu acesso pleno aos benefícios da
nossa sociedade digitalizada com alta disponibilidade de informação e
conectividade, estão ficando para trás.
Tecnologia pra isso já
existe, mais o preço ainda não é acessível para a maioria, ter um aparelho de
voz e os recursos necessários é um sonho para todos os deficientes, mais nem
todos os mesmos podem ter devido ás condições financeiras. Segundo a
constituição brasileira é dever do poder público, garantir a acessibilidade das
pessoas com deficiência a todos os serviços, incluindo transporte, educação e
também a telefonia. No caso dos celulares, a responsabilidade é da ANATEL
(agência nacional de telecomunicações), mais até hoje o crescimento avançou e
com o uso dos telefones móveis existem uma regulamentação pra assegurar o acesso
das pessoas com deficiência visual, principalmente na área da educação para
poder ser mais fácil ao desenvolvimento e aprendizado do aluno.
Foi pensando nesse lado
da tecnologia, que os professores da Língua Portuguesa da Escola Estadual
Marcus James, localizada na cidade de Lucas do Rio Verde-MT, fizeram o projeto:
“Além do que os olhos vêem”, através do aplicativo CPqD Alcance que facilitou o
aprendizado dentro e fora da sala de aula, e que com o decorrer do tempo vem se
surpreendendo com os 5 alunos de deficiência visual que estudam na respectiva
escola, entre as idades dos 10 aos 14 anos, estudantes à partir do 6º ano de
diferentes turnos, numa escola que abrange 883 alunos.
O aplicativo CPqD
Alcance, tem como vantagens o poder de facilitar a leitura de livros e outros
materiais didáticos, desvendar figuras, descrever objetos, possibilitar a
descrição até das pessoas que estão a volta do deficiente, fazer ligações,
mandar mensagens, realizar as gravações de trabalhos e pesquisas, enfim tem
várias opções avançadas, inclusive funções de entretenimento, além de mil e uma
utilidades com a tecnologia em suas mãos, o mesmo tem recursos de narração
automática por uma voz sintetizada assim informando às funções dos ícones
representados na tela possibilitando a inclusão dentro do meio educacional,
trazendo autonomia e privacidade ao deficiente e auxiliando nos estudos de
aprendizado e trabalhos realizados, além é claro de poder usar para atividades
de uso pessoal, como ir ao banco, mercado, lojas e etc.
“A ideia veio ao encontro do desafio do
desenvolvimento de práticas pedagógicas, valorizando o ensino com significado,
estimulando o estudante a assumir seu papel e compromisso do aprender a
aprender, tornando-o sensível para ser ator atuante na sociedade, sua percepção
de respeito às diferenças”, comenta a professora Valdirene dos Santos de Língua
Portuguesa, uma das coordenadoras do projeto.
O sistema é gratuito e
pode ser baixado no Google Play. Com a gravação das aulas os alunos poderão
levar as tarefas para casa, assim conseguindo fazer com que a família interaja
junto no processo de aprendizado dos mesmos. O projeto da escola tem como
finalidade ajudar os alunos a poderem se locomover e viver em uma dependência
individual, tanto para estudar como para as outras necessidades que exige do
mesmo, até para desempenhar uma série de tarefas, adquirindo assim um nível
alto de independência nos estudos e trabalhos realizados.
“O projeto mexeu
bastante com a auto-estima de todos, o aprendizado possibilitou mais interação
entre os alunos e professores durante as aulas, as diferenças começaram a cair
e os outros alunos passaram a se interagir mais com os nossos alunos deficientes,
assim percebendo de que os próprios estão se esforçando mais, participando mais
ativamente das aulas, e estão possuindo menos dificuldades, os trabalhos
realizados na escola, as audiodescrições dos trabalhos que são enviados para
casa, envolve ás vezes conteúdos importantes, os familiares colaborando, o retorno
é quantitativo e é possível fazer algo diferente, mesmo aquele aluno que diz
não saber, mais ele se esforça e no final está inteligente, resultado de
gratidão, e o bom que tudo é feito com mais facilidade ali nas mãos deles, bem
mais acessível.” Conclui Jurema Costa, a diretora da escola.
As desvantagens são
grandes se o professor não tiver uma boa formação adequada que atenda as
dificuldades das crianças e jovens de inclusão, caso contrário de não entender
sobre a ferramenta, pois ao desenvolver as atividades e gravações aonde os alunos
surgem dúvidas, eles iram sanar suas dúvidas com o professor que deve estar
preparado. A sua navegação é fácil e interativa, o que irá facilitar mais ainda
para os deficientes visuais, contribuindo para diminuir o seu isolamento,
aumentando sua autonomia e facilitando sua inserção no mercado de trabalho
futuramente.
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