domingo, 27 de agosto de 2017

APLICATIVO MELHORA VIDA DE DEFICIENTES VISUAIS


APLICATIVO MELHORA VIDA DE DEFICIENTES VISUAIS
Por Classiane Narcizo da Silva, RU 1566703
Polo - PAP Lucas do Rio Verde - MT
20/08/2017



 
 Fonte: httpwww.aureosoft.com.braureoeyes_banner.jpg


Achou complicado de fazer? Não mais. É que a tecnologia está avançando e pode agora ajudar e muito os deficientes visuais, e tudo isso está na palma das mãos. Ferramentas podem ser baixadas gratuitamente em telefones celulares, tabletes e até mesmo nos computadores, de acordo com os sistemas operacionais disponíveis para cada versão de aparelho.

No Brasil tem mais de sete milhões de pessoas cegas ou que tenham alguma dificuldade visual, se para esse grupo andar pelas ruas, tentar ler, aprender ou saber o que está se ocorrendo em volta já não é tarefa fácil, imagina só na hora de usar um aparelho tecnológico. As dificuldades desses cidadãos estão com os dias contados, pois as barreiras que impediam o seu acesso pleno aos benefícios da nossa sociedade digitalizada com alta disponibilidade de informação e conectividade, estão ficando para trás.

Tecnologia pra isso já existe, mais o preço ainda não é acessível para a maioria, ter um aparelho de voz e os recursos necessários é um sonho para todos os deficientes, mais nem todos os mesmos podem ter devido ás condições financeiras. Segundo a constituição brasileira é dever do poder público, garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência a todos os serviços, incluindo transporte, educação e também a telefonia. No caso dos celulares, a responsabilidade é da ANATEL (agência nacional de telecomunicações), mais até hoje o crescimento avançou e com o uso dos telefones móveis existem uma regulamentação pra assegurar o acesso das pessoas com deficiência visual, principalmente na área da educação para poder ser mais fácil ao desenvolvimento e aprendizado do aluno.

Foi pensando nesse lado da tecnologia, que os professores da Língua Portuguesa da Escola Estadual Marcus James, localizada na cidade de Lucas do Rio Verde-MT, fizeram o projeto: “Além do que os olhos vêem”, através do aplicativo CPqD Alcance que facilitou o aprendizado dentro e fora da sala de aula, e que com o decorrer do tempo vem se surpreendendo com os 5 alunos de deficiência visual que estudam na respectiva escola, entre as idades dos 10 aos 14 anos, estudantes à partir do 6º ano de diferentes turnos, numa escola que abrange 883 alunos.

O aplicativo CPqD Alcance, tem como vantagens o poder de facilitar a leitura de livros e outros materiais didáticos, desvendar figuras, descrever objetos, possibilitar a descrição até das pessoas que estão a volta do deficiente, fazer ligações, mandar mensagens, realizar as gravações de trabalhos e pesquisas, enfim tem várias opções avançadas, inclusive funções de entretenimento, além de mil e uma utilidades com a tecnologia em suas mãos, o mesmo tem recursos de narração automática por uma voz sintetizada assim informando às funções dos ícones representados na tela possibilitando a inclusão dentro do meio educacional, trazendo autonomia e privacidade ao deficiente e auxiliando nos estudos de aprendizado e trabalhos realizados, além é claro de poder usar para atividades de uso pessoal, como ir ao banco, mercado, lojas e etc.

“A ideia veio ao encontro do desafio do desenvolvimento de práticas pedagógicas, valorizando o ensino com significado, estimulando o estudante a assumir seu papel e compromisso do aprender a aprender, tornando-o sensível para ser ator atuante na sociedade, sua percepção de respeito às diferenças”, comenta a professora Valdirene dos Santos de Língua Portuguesa, uma das coordenadoras do projeto.

O sistema é gratuito e pode ser baixado no Google Play. Com a gravação das aulas os alunos poderão levar as tarefas para casa, assim conseguindo fazer com que a família interaja junto no processo de aprendizado dos mesmos. O projeto da escola tem como finalidade ajudar os alunos a poderem se locomover e viver em uma dependência individual, tanto para estudar como para as outras necessidades que exige do mesmo, até para desempenhar uma série de tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência nos estudos e trabalhos realizados.

“O projeto mexeu bastante com a auto-estima de todos, o aprendizado possibilitou mais interação entre os alunos e professores durante as aulas, as diferenças começaram a cair e os outros alunos passaram a se interagir mais com os nossos alunos deficientes, assim percebendo de que os próprios estão se esforçando mais, participando mais ativamente das aulas, e estão possuindo menos dificuldades, os trabalhos realizados na escola, as audiodescrições dos trabalhos que são enviados para casa, envolve ás vezes conteúdos importantes, os familiares colaborando, o retorno é quantitativo e é possível fazer algo diferente, mesmo aquele aluno que diz não saber, mais ele se esforça e no final está inteligente, resultado de gratidão, e o bom que tudo é feito com mais facilidade ali nas mãos deles, bem mais acessível.” Conclui Jurema Costa, a diretora da escola.

As desvantagens são grandes se o professor não tiver uma boa formação adequada que atenda as dificuldades das crianças e jovens de inclusão, caso contrário de não entender sobre a ferramenta, pois ao desenvolver as atividades e gravações aonde os alunos surgem dúvidas, eles iram sanar suas dúvidas com o professor que deve estar preparado. A sua navegação é fácil e interativa, o que irá facilitar mais ainda para os deficientes visuais, contribuindo para diminuir o seu isolamento, aumentando sua autonomia e facilitando sua inserção no mercado de trabalho futuramente. 

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